domingo, 24 de janeiro de 2010

Portugueses iniciam construção de campo de desalojados

A missão portuguesa no Haiti começou, este domingo, a montagem de um campo de desalojados em Port-au-Prince com capacidade para 615 pessoas, cerca de 84 famílias, e apoio à população circundante.
A Organização Internacional para as Migrações (OIM) estima que o violento sismo que atingiu o Haiti fez, pelo menos, 500 mil desalojados só na capital, onde ocupam 447 acampamentos improvisados.

"Parc Colofer Delmas 33" é a designação do campo montado pela missão portuguesa.

A missão portuguesa, constituída por uma equipa de comando e coordenação da Autoridade Nacional de Protecção Civil, um grupo do INEM, para a área de emergência medica e acções de socorrismo e de pequena cirurgia, elementos da Força Especial de Bombeiros (“Canarinhos”), para montagem, organização e funcionamento do campo, uma representante do Instituto de Medicina Legal, para aspectos relacionados com medicina forense, e uma equipa de cinco elementos da AMI.

No Haiti, a tenda instalada ao lado do acampamento da equipa humanitária portuguesa voltou a levantar suspeitas, ao ser ocupada por um novo grupo de norte-americanos com uma criança haitiana.

No sábado, a responsável pela equipa do INEM, Fátima Rato, e um médico norte-americano do hospital montado junto ao acampamento português estranharam a passagem de quatro homens com uma criança haitiana ao colo a altas horas da noite.

Conscientes dos alertas lançados pela UNICEF e pelo primeiro-ministro do Haiti sobre o perigo de aumento crescente de tráfico de crianças após o terramoto, os dois médicos foram tentar perceber o que se passava.

O grupo norte-americano, que nunca se quis identificar, disse que estava ali com a criança, que era filha adoptada de um deles.

O alegado pai adoptivo disse à Lusa que o processo de adopção tinha começado há mais de dois anos e que já tinha tudo tratado: «Falta apenas o visto da embaixada norte-americana», referiu.

O homem disse que a criança tinha cerca de três anos, mas para os jornalistas e médicos a criança, bem alimentada e com ar saudável, não parecia ter mais de dois.

Porque já era noite cerrada, não foi possível contactar a UNICEF, mas este domingo de manhã o médico norte-americano contactou aquela organização da ONU assim como a sua polícia, a MINUSTAH.
Lusa

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