segunda-feira, 25 de janeiro de 2010

Haiti já enterrou mais de 150 mil mortos

Quase duas semanas depois do terramoto que devastou o Haiti, as autoridades daquele país dizem que já foram enterradas 150 mil pessoas, mas o número pode chegar aos 200 mil, porque ainda há muitos cadáveres debaixo dos escombros.

Alguns dos países juntos nos apoios ao Haiti (Estados Unidos, França, Espanha, Brasil, Nações Unidas e Organização dos Estados Americanos) têm hoje uma reunião de emergência para fazer o balanço da situação no país e coordenar os meios internacionais mobilizados para reconstruir o país.
O balanço foi revisto pelas autoridades haitianas. A ministra das Comunicações haitiana, Marie-Laurence Jocelyn Lassegue, disse ontem à AFP que foram enterrados 150 mil cadáveres de vítimas do sismo de magnitude 7.0 que abalou o Haiti no passado dia 12.
Questionada sobre quantos cadáveres se poderiam encontrar ainda sob os escombros, a ministra declarou que “é difícil dizer, mas o primeiro-ministro falou em 200 mil”.
O governo haitiano mostrou-se satisfeito, ontem, com a resposta da comunidade internacional, mas insistiu na necessidade de ver as promessas concretizadas.
O chefe da missão de estabilização da ONU no Haiti (Minustah), Edmond Mulet, afirmou também ter necessidade de mais funcionários, soldados e veículos para fazer chegar a ajuda às populações.
Entretanto, o Japão vai contribuir com 70 milhões de dólares para ajudar o país e poderá enviar tropas para reforçar a missão da ONU, noticiou hoje a agência japonesa Kyodo.
ONU: 235 mil saíram de Port-au-Prince, 800 mil em campos na capital
Cerca de 235.000 pessoas saíram de Port-au-Prince para regiões rurais do Haiti menos afectadas pelo sismo e cerca de 800.000 vivem em campos improvisados na capital, informou hoje a ONU.
"O governo estima que 235.000 pessoas tenham deixado Port-au-Prince graças aos transportes gratuitos oferecidos pelo governo", informou o Gabinete de Coordenação dos Assuntos Humanitários da ONU (OCHA) no seu relatório diário.
A Organização Internacional das Migrações (OIM) contabilizou 591 acampamentos improvisados na capital que acolhem 692.000 pessoas durante o dia. A agência refere todavia que o número de pessoas aumenta à noite, podendo atingir as 800.000.
Segundo a OIM, o maior número de pessoas sem-abrigo encontra-se no centro e no sul de Port-au-Prince. No bairro de Delmas, um quarto da população ficou sem casa.
A OIM distribuiu ajuda não alimentar - cobertores, capas e "jerrycans" - a 112.497 pessoas no domingo e água potável a 235.000 pessoas em média por dia em 115 locais de Port-au-Prince.

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